A Polícia Civil investiga o desaparecimento de Carmen de Oliveira Alves, de 25 anos, estudante da Unesp em Ilha Solteira, no interior de São Paulo. Ela não é vista desde o dia 12 de junho. A principal linha de investigação aponta que a jovem pode ter sido assassinada após tentar forçar o namorado, Yuri Amorim da Silva, a assumir o relacionamento com ela, uma mulher trans.
Segundo a polícia, Carmen produziu um dossiê com supostos crimes atribuídos a Yuri, como furtos e roubos contra uma usina da região. O material foi encontrado no notebook da estudante. Para os investigadores, ela teria usado o documento como forma de pressão emocional. Ainda conforme as apurações, Yuri resistia a tornar público o relacionamento e exigia sigilo.
Yuri foi preso na última quinta-feira junto com Roberto Carlos de Oliveira, policial militar aposentado. De acordo com a polícia, ele seria amante do namorado de Carmen. Ambos negam envolvimento no desaparecimento. Os dois foram levados à delegacia e seguem sob investigação. Até esta sexta-feira, apenas Roberto continuava sendo representado pelo advogado Miguel Ângelo Micas, que deixou a defesa de Yuri.
As buscas pelo corpo de Carmen seguem intensas. Agentes estiveram no sítio onde ela foi vista pela última vez, mas não encontraram vestígios. A investigação agora concentra esforços em áreas próximas aos rios Tietê e Paraná. A Marinha foi acionada para ajudar nas buscas.
Imagens de câmeras de segurança confirmam que Carmen deixou o campus da Unesp às 10h02 da manhã do dia 12 de junho, em uma bicicleta elétrica preta. Sete minutos depois, ela foi vista na Avenida 15 de Novembro, uma das principais vias da cidade. Pouco depois, foi registrada nas proximidades da casa de Yuri.
O sinal do celular de Carmen também foi rastreado e indica que ela esteve na residência do companheiro. Não há registros de saída do local.
A polícia segue em busca de provas que confirmem o destino da jovem. Até agora, o desaparecimento de Carmen permanece sem resposta.
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