O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (2/11) que o líder venezuelano Nicolás Maduro “está com os dias contados” para deixar o governo da Venezuela. A declaração foi feita durante um pronunciamento em meio ao aumento das tensões entre os dois países, após Washington intensificar operações militares no Caribe e autorizar ações letais da Agência Central de Inteligência (CIA) em território venezuelano.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de retirada de Maduro do poder, Trump respondeu: “Eu diria que sim. Acho que sim”. A afirmação ocorre em um momento de forte mobilização militar dos Estados Unidos na região. Recentemente, o Departamento de Guerra norte-americano anunciou o envio do Gerald R. Ford Carrier Strike Group, o maior porta-aviões em operação no mundo, ao Caribe, próximo às costas venezuelanas. A embarcação se junta a uma frota de navios de guerra posicionada em Porto Rico, ampliando a presença militar norte-americana nas proximidades da Venezuela.
Desde agosto, os Estados Unidos realizam ofensivas navais com apoio de caças F-35, lançando mísseis e bombardeios contra embarcações que cruzam o Caribe e o Oceano Pacífico. O governo norte-americano afirma que as ações têm como objetivo combater o narcotráfico marítimo. Segundo dados divulgados por autoridades norte-americanas, 50 pessoas morreram durante as operações. Washington sustenta que todas as vítimas eram “narcoterroristas”, mas até o momento não foram apresentadas provas concretas que confirmem a acusação.
O governo venezuelano, por sua vez, denuncia o que chama de “manobras de bandeira falsa” dos Estados Unidos, acusando Washington de preparar um pretexto para justificar uma intervenção militar direta no país. Em resposta às recentes movimentações, Nicolás Maduro ordenou a mobilização de tropas em diversas regiões estratégicas da Venezuela, com o objetivo de conter possíveis incursões da CIA e reforçar a defesa do território nacional.
As novas declarações de Trump e o avanço das operações militares norte-americanas aumentam a tensão diplomática entre os dois países, que já vivem um período de instabilidade desde o rompimento formal das relações em 2019. Analistas internacionais apontam que o cenário pode agravar a crise política e humanitária na região, caso a escalada de confrontos prossiga sem diálogo entre as partes envolvidas.
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