Os trabalhadores da coleta de lixo da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb) decidiram entrar em mobilização permanente contra o Projeto de Lei que propõe a concessão do serviço à iniciativa privada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (5), durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm), no pátio da empresa.
Segundo o sindicato, a categoria busca pressionar os vereadores a rejeitarem a proposta enviada pela prefeita Suéllen Rosim (PSD). Embora os trabalhadores afirmem que pretendem, neste momento, evitar prejuízos à população, uma greve não está descartada.
O movimento prevê novas ações nos próximos dias. Na segunda-feira (10), os coletores planejam ocupar o plenário da Câmara Municipal. Já na terça-feira (11), às 9h, representantes do Sinserm devem apresentar formalmente sua posição contrária à proposta durante a reunião pública da Comissão de Justiça.
De acordo com o advogado do sindicato, José Francisco Martins, a mobilização tende a se intensificar caso não haja recuo do governo municipal. “Se não houver um recuo do governo nesse sentido, não está descartado que os trabalhadores da Emdurb cruzem os braços em uma greve”, afirmou.
O diretor do Sinserm, Valdecir Rosa, destacou que a fase atual é de pressão sobre o Legislativo, já que o projeto de lei ainda tramitará pelas comissões e pelo plenário. Durante a assembleia, o sindicato apresentou os principais pontos da proposta e alertou que a privatização pode provocar o desmonte da empresa pública, além de impactar nas condições de trabalho e na qualidade do serviço oferecido à população.
A direção do Sinserm informou ainda que o movimento dos trabalhadores conta com apoio de parte da comunidade e que a categoria permanece mobilizada até que o projeto seja retirado de pauta ou rejeitado pela Câmara.
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