A Polícia Civil de Araçatuba investiga um jovem de 26 anos, apontado como o principal suspeito de incendiar a casa da ex-companheira, também de 26 anos. O caso aconteceu na noite de domingo (2), e é apurado como crime de incêndio e violência doméstica.
Apesar das chamas, ninguém ficou ferido. A vítima procurou a Delegacia de Defesa da Mulher nesta segunda-feira e pediu medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha, para impedir qualquer aproximação ou contato por parte do ex-companheiro.
Segundo o depoimento da mulher, o casal manteve um relacionamento por 10 anos e tem uma filha de 8. Ela contou que, ao longo desse período, sofreu agressões, mas nunca havia registrado boletim de ocorrência.
Há cerca de um mês, o casal decidiu se separar, após mais uma discussão. Mesmo assim, continuavam morando na mesma casa, que era alugada em nome do pai dela. No sábado, dia 1º, o homem deixou o imóvel e disse que seguiria para São Paulo.
No dia seguinte, após ser informado por um amigo que a ex-companheira estava em um restaurante acompanhada de outra pessoa, o suspeito teria voltado a Araçatuba. De acordo com o relato da vítima, ele chegou por volta das 8 da noite, usava um capacete e entrou na casa pulando o muro.
Dentro do imóvel, o homem teria jogado roupas da ex sobre a cama e ateado fogo, usando um guardanapo em chamas. As chamas se espalharam rapidamente. A mulher e o amigo que estava com ela tentaram conter o incêndio com baldes de água, mas não conseguiram.
Eles conseguiram sair da casa a tempo, enquanto o suspeito permaneceu no local. Foi ele quem acionou o Corpo de Bombeiros, mas fugiu antes da chegada das equipes.
O caso foi registrado na Polícia Civil como incêndio, crime previsto no artigo 250 do Código Penal, que pode resultar em pena de 3 a 6 anos de prisão. As investigações seguem em andamento.
A Polícia Civil analisa as circunstâncias do crime e deve ouvir novas testemunhas nos próximos dias. A vítima segue sob proteção judicial, aguardando o cumprimento das medidas determinadas pela Justiça.
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