Brasil lidera ranking mundial de vítimas de golpes e fraudes online, aponta relatório da Veriff

 

Foto: Ilustrativa

O Brasil voltou a ocupar o primeiro lugar entre os países que mais sofrem com golpes e ataques cibernéticos. De acordo com o Índice de Fraude 2025, divulgado pela Veriff, empresa especializada em verificação de identidade e segurança digital, 26% dos brasileiros afirmam ter sido vítimas de fraudes online, percentual superior ao registrado entre norte-americanos (15%) e britânicos (20%).

O levantamento ouviu 2 mil pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil e revelou que 95% dos entrevistados já se depararam com algum tipo de atividade fraudulenta. No Brasil, cerca de 40% das vítimas perderam mais de R$ 1.300 em ataques virtuais, enquanto 5% relataram prejuízos superiores a R$ 26 mil em um único golpe.

Em escala global, 74% dos participantes disseram ter tido perdas financeiras com fraudes digitais, e 10% relataram prejuízos que chegam a milhares de dólares. O estudo aponta ainda um aumento de 21% no número de casos em relação ao ano anterior, com 17% dos entrevistados enfrentando pelo menos cinco incidentes de fraude nos últimos 12 meses.

Segundo a Veriff, parte desse crescimento está associada aos avanços das inteligências artificiais e das tecnologias de deepfake, que vêm sendo usadas por criminosos para criar golpes mais sofisticados e difíceis de detectar. No levantamento, 78% dos participantes afirmaram já ter sido alvo de fraudes com uso de IA, e menos de 4% disseram não temer esse tipo de crime.

O Brasil aparece novamente entre os países mais vulneráveis: 60% dos consumidores relataram ter sofrido tentativas de golpes envolvendo IA, enquanto 46% dos respondentes globais afirmaram estar muito preocupados com o potencial dessas tecnologias.

Apesar do cenário, o relatório mostra que os brasileiros demonstram maior abertura ao uso de ferramentas de segurança digital, como reconhecimento facial e verificação por documentos e fotos. Além disso, 87% dos consumidores no país afirmam considerar o histórico de prevenção a fraudes das empresas antes de adquirir um produto ou serviço, e quase 80% defendem o reembolso automático em casos de golpes comprovados.

Para Andrea Rozenberg, diretora de mercados emergentes da Veriff, o momento exige atenção redobrada das empresas. “A sofisticação dos ataques com IA e deepfakes já não é hipótese, é realidade. No Brasil, consumidores estão entre os mais exigentes do mundo quanto à segurança. As empresas que não investirem em verificação de identidade e tecnologias de ponta correm o risco de perder clientes, dinheiro e reputação”, afirmou.

Entre as medidas de prevenção recomendadas estão verificar a autenticidade dos sites antes de efetuar compras, evitar links suspeitos em mensagens e e-mails e realizar pagamentos apenas em plataformas seguras, como Mercado Pago ou PayPal. Especialistas também reforçam a importância de nunca compartilhar senhas, códigos de verificação ou dados bancários por telefone, e-mail ou redes sociais.

O relatório da Veriff reforça o alerta para um cenário de risco crescente no ambiente digital, em que o Brasil desponta tanto como alvo preferencial de criminosos quanto como mercado atento à necessidade de fortalecer suas defesas cibernéticas.

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