Policial militar que matou marceneiro em SP foi reprovado em teste psicológico no Paraná

 À direita, o PM Fábio Almeida, que matou por engano Guilherme, de 26 anos — Foto: Reprodução/TV Globo

À esquerda, o PM Fábio Almeida, que matou por engano Guilherme, de 26 anos - Foto: Reprodução

O policial militar Fabio Anderson Pereira de Almeida, de 35 anos, afastado do serviço operacional por matar com um tiro na cabeça o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, na zona sul de São Paulo, foi reprovado em um exame psicológico para ingressar na Polícia Científica do Paraná. A morte do trabalhador, que voltava para casa, ocorreu na noite da última sexta-feira, 4 de julho.

Antes do episódio que resultou na morte do marceneiro, Almeida havia tentado uma vaga como agente de perícia em um concurso público no Paraná em 2023. Após ser reprovado na avaliação psicológica, ele entrou com uma ação na Justiça paranaense, alegando que o teste continha “vícios insanáveis” e pedindo a anulação do resultado que o considerou inapto para o cargo.

O processo judicial, que ainda está em andamento, registra que o policial militar buscava reverter a decisão administrativa. Em uma análise inicial, o juiz do caso negou um pedido de liminar feito por Almeida, mantendo a validade da reprovação. Na decisão, o magistrado destacou que os atos administrativos têm presunção de legalidade e que, em uma análise superficial, os argumentos do candidato não foram suficientes para afastar essa presunção.

Prisão, fiança e afastamento

Na noite do crime, Guilherme Dias Santos Ferreira foi confundido com um ladrão na Estrada Turística de Parelheiros quando saía do trabalho. O PM Fabio Anderson Pereira de Almeida foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Ainda no dia da prisão, ele pagou uma fiança de R$ 6,5 mil e foi liberado para responder ao processo em liberdade. Após a soltura, o comando da Polícia Militar de São Paulo determinou o afastamento do agente dos serviços de rua.

O caso está sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. A Corregedoria da Polícia Militar também instaurou um inquérito para apurar a conduta do policial.

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